Quinta Velha (Apegadas)

Quinta Velha (Apegadas)Pouco depois de descobrirmos que gostávamos de vinho, a nossa vida mudou bastante. Começámos a ler tudo o que podíamos sobre o tema, para absorver o máximo de informação possível, e a frequentar todos os eventos, tendo feito imensos conhecimentos e amizades. O exagero foi tal ao ponto de parecer que os produtores presentes eram sempre os mesmos.

Num desses eventos, ao dirigirmo-nos para um desses produtores “habitués”, não se encontrava ninguém no stand e um simpático casal do stand vizinho fez o favor de nos servir o vinho que íamos provar.
Tratava-se de um novo produtor, Quinta das Apegadas, o que para nós foi como um rebuçado que se dá às crianças. Fizemos questão em provar os seus vinhos, aproveitando para perguntar tudo o que havia para perguntar. Ficámos fascinados pela história desta nova marca duriense, que ouvimos dos próprios fundadores completamente apaixonados pelo seu projecto.
A Quinta das Apegadas, Sociedade Agrícola, Lda. foi fundada apenas em 2003, pelo casal Cândida e António Amorim. Do Douro apenas tinham a paixão pela região e muito bons amigos.
A Sociedade é constituída por duas quintas.
A sede da Sociedade e residência da família, fica na freguesia de Cidadelhe, concelho de Mesão Frio. A propriedade tem 3,2 hectares, dos quais 2 são vinha.
O que nós não sabíamos é que a adega se situa na centenária Quinta Velha, perto da Barragem de Bagaúste na margem direita do rio Douro, na freguesia de Canelas e Concelho do Peso da Régua.
Soubemos por mero acaso, quando estávamos a visitar essa zona do Douro, e ligámos logo para marcar uma visita.
No dia e hora marcados, dirigimo-nos à Adega da Quinta Velha onde fomos recebidos com muita simpatia pelo Sr. António Amorim.
Começámos a visita pela adega. É um moderno edifício arredondado, onde o xisto foi usado em algumas áreas do edifício, o que lhe dá a identidade duriense e o integra plenamente com a paisagem.
Bem organizada, a adega é dividida por zonas de vinificação, estágio, laboratório, armazém, escritórios e sala de provas. Visivelmente pouco habituado a visitas, o Sr. Amorim ia repetindo que não havia muita coisa de interesse para nos mostrar. Talvez não tenha interesse para o típico visitante das grandes e históricas quintas da região, mas para quem quer ver onde nascem alguns vinhos modernos e menos main-stream, acho que tem todo o interesse em visitar.
Fomos passando por todas as zonas comprovando que além do edifício, as técnicas de vinificação também são das mais modernas.
No primeiro andar, com o rio Douro mesmo em frente seguido da escarpada encosta esquerda, a vista é fabulosa.
Depois de conhecermos a adega fomos conhecer a quinta, uma propriedade com cerca de 14 hectares, dos quais 10 são vinha.
Conduzidos pelo atencioso anfitrião, aí fomos nós no seu jipe em mais uma aventura radical de subir, descer e contornar socalcos de perder a respiração.
Podemos comprovar mais uma vez, que no Douro o medo é rapidamente superado bela vista magnífica.
A vinha é constituída por 6 hectares de vinha velha com uma grande variedade de castas do Douro, e também 4 hectares de vinha mais recente com cerca de 15 anos.
A quinta tem ainda algumas oliveiras e um pomar de citrinos que são apenas para consumo próprio.
Foi uma visita diferente e muito interessante, principalmente pelas explicações e detalhes que o Sr. António Amorim fez questão de ir dando.
Embora o enoturismo não seja muito explorado, não se acanhem em telefonar e marcar uma visita pois certamente serão bem recebidos.

Morada: Quinta Velha
Canelas
5050-203 Peso da Régua
GPS: 41.152788,-7.755296
Telefone: (+351) 254 318 047
Fax: (+351) 254 318 047
Web: http://www.apegadas.co.pt
Email: antonioamorim@apegadas.co.pt
Visitas: Com marcação prévia.